Catarina Guerra: “Entendo ser preciso, sim, estender a mão para os venezuelanos e prestar esse apoio humanitário, mas não podemos nos omitir em relação aos brasileiros, que também sofrem violações de direitos humanos”

Foto: Diego Dantas / Ascom Catarina Guerra

Uma comitiva composta por deputados estaduais das Comissões Permanentes de Relações Fronteiriças e Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), esteve no Município de Pacaraima na manhã deste sábado, 23, verificando in loco a tensão na fronteira do Brasil com a Venezuela.

Os parlamentares se reuniram na sede da Receita Federal em Pacaraima com o ministro das Relações Exteriores do Governo brasileiro, Ernesto Araújo. O encontro também contou com a presença do embaixador interino dos Estados Unidos, William Popp, além de Maria Thereza Belandria, representante diplomática do autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó.

O grupo de deputados apresentou ao ministro Ernesto Araújo as dificuldades que Roraima vem sofrendo devido aos impactos do fluxo migratório venezuelano, principalmente nas áreas de saúde e aumento da violência. De acordo com a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da ALE-RR, deputada Catarina Guerra (SD), o Governo Federal precisa ajudar o Estado a minimizar esses impactos que têm dificultado vida da população de Roraima.

“Fomos até a fronteira para tomar parte das ações humanitárias executadas na região de conflito e também para cobrar que essas ações sejam estendidas aos Brasileiros, não somente os que estão em território venezuelano, impedidos de retornar, mas aos residentes no Município de Pacaraima, que é hoje o maior prejudicado com essa migração desordenada”, disse Catarina.

 

Conforme a parlamentar, caminhoneiros brasileiros estão retidos na Venezuela, tendo seus direitos violados e passando por necessidades básicas, como de alimentação, saúde e higiene. “Concomitantemente, temos um município em crise, com saúde desabastecida, educação prejudicada e violência crescente e alarmante”, acrescentou.

Para Catarina Guerra, é preciso sim estender a mão para os venezuelanos e prestar esse apoio humanitário, mas também é necessário garantir os direitos aos brasileiros que vivem na região afetada pelo conflito provocado pelo regime ditatorial de Nicolás Maduro.

“Não podemos nos omitir em relação aos brasileiros, pois em nosso território também estão ocorrendo violações de direitos humanos, ressaltando que temos um único estado – e mais especificamente dois municípios, Pacaraima e Boa Vista -, sofrendo toda a carga da crise venezuelana, sem apoio efetivo do Governo Federal”, avaliou.

 

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